Mas ainda sim, ela não sabia o que ia acontecer. Sofria por antecipação. O telefone não tocava. Não era, todavia, a primeira vez que aquilo ocorria: sempre lhe dizia que ligaria... mas até ali, nada!
E lembrou-se de quando aquela realidade era apenas um sonho distante. Passava horas nas escadarias conversando com outras, que, assim como ela, sonhavam. Por um momento lembrou o que a amiga professara para si na noite anterior. Sorriu.
Queria mesmo era sanar o mal entendido que suas palavras provocaram... Compulsão maldita! O que mais poderia acontecer? Já sei, um casal feliz sentar-se a seu lado.
E as horas passavam. Aparentemente todos a observavam, mas estava só. Só e observada, obcecada, obstinada, objetada, petrificada. Triste.
Toca telefone... toca.
3 comentários:
Boas palavras, boas imagens e sensações. Texto que nos remete a coisas que passamos o tempo todo e compartilhamos com o autor/ pessoa desse texto... Lindo, simplesmente lindo
ju
nossa! que perfeito!
e detalhe: entendi todas as referencias e todos os recados! hehehehe
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Pois é gente. Que bom que existe o Pagu!
;*
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