segunda-feira, 31 de maio de 2010

Bridget, sempre Bridget...

Meu livro de cabeceira nos momentos desolès, acho justo postar um trecho dessa autora genial, que é Helen Fielding, às vésperas do massacre do Dia dos Namorados. Deleitem-se:

"Argh. Elogiada por um artigo no joral por uma repórter do grupo dos Bem-Casados. O título tinha uma ironia sutil, estilo Frankie Howard: "As alegrias de ser solteiro."
'Eles são jovens, ambiciosos e ricos, mas suas vidas escondem uma dolorosa solidão. (...) Quando saem do trabalho, enfrentam uma enorme carência emocional. (...) Pessoas que têm uma vida solitária procuram consolo em comida enlatada, desejando que seja igual àquela que suas mães faziam.'
Arh. Droga. Pode me informar como que a Sra. Bem-Casada aos 22 anos pode saber disso?
Vou escrever um artigo baseado nas 'dezenas de conversar' que tive com os Bem-Casados: 'Quando saem do trabalho, elas caem aos prantos porque, apesar de exaustas, precisam descascar batatas e lavar toda a roupa na máquina enquanto seus maridos barrigudos e bêbados assistem ao jogo de futebol na tevê, dão um arroto e pedem mais um prato de batata-frita. Há noites em que elas, na cozinha, com seu aventalzinho chifrim, ficam muito deprimidas porque o marido ligou avisando que está de plantão outra vez, mas elas escutam ao fundo o farfalhar de um vestido de seda e a voz sensual de uma típica Solteira.'
(...)
- Não aguento mais essa queda-de-braço a respeito de ser solteira! - rosnou Sharon.
- Eu também não, eu também não! - concordei
- Mas não estamos sós. Temos nossa família extensa formada pela rede de amigos com quem falamos ao telefone - disse Tom.
- Isso mesmo, viva! Os Solteiros não deveriam ser obrigados a se explicar o tempo todo, deviam ter um status adquirido, como as gueixas - falei, muito satisfeita, dando mais um gole no meu Chardonnay chileno."

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Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. (CV)

Por Brenna, A Pata.