segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

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E chegamos ao fim
O fim que parece começo
Começo que requer erro


Infinitamente errarei
E ainda sim tentarei
Esse tentar e nunca acertar
Ou melhor, acertar sem tentar


Melhor parte do éter da vida,
que na verdade resume-se
em paixão
O fogo que nos mantém brilhando
Acessos, em fúria, 
A cura
À solidão.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Aproveitando o ensejo...

É de utilidade pública (feminina) que eu destaque dois trechos do livro que estou lendo, Comer Rezar Amar (sim, eu sei que já havia postado sobre o filme anteriormente, mas acreditem, é diferente). São passagens que me deram muita força neste momento conflituoso, então espero também ajudar meus queridos leitores. Todos sabem minha veneração por frases bem feitas, sobretudo as de impacto. Liz Gilbert não é uma escritora, como posso dizer, apegada a uma estética literária. Portanto, o que vale nessas linhas a seguir são, de fato, a sabedoria contida em suas palavras... grandes palavras de conforto, que mais parecem um diálogo formado para mim, e comigo! Confortem-se (quem cúmplice se sentir):

"No amor desesperado é sempre assim, não é? No amor desesperado, nós sempre inventamos os personagens dos nossos parceiros, exigindo que eles sejam o que precisamos que sejam, e depois ficando arrasados quando eles se recusam a desempenhar o papel que nós mesmos criamos."
(...)
"- Escute aqui, Sacolão — diz Richard. — Algum dia você vai olhar para trás, para este momento da sua vida, e pensar que época deliciosa de luto ele foi. Vai ver que estava lamentando a sua perda, e que o seu coração estava despedaçado, mas que a sua vida estava mudando (...)
- Mas eu amava ele de verdade.
- Grande coisa. Você se apaixonou por uma pessoa, e daí? Não entende o que aconteceu? Esse cara tocou um lugar do seu coração mais profundo do que você pensava que era capaz de alcançar. Em outras palavras, você foi fisgada, menina. Mas esse amor que você sentiu foi só o começo. Isso é só o amor mortal, limitado, café com leite. Espere para ver como você é capaz de amar mais profundamente do que isso. Nossa, Sacolão... você tem a capacidade de um dia amar o mundo inteiro. É o seu destino. Não ria. 
- Não estou rindo. - Na verdade, eu estava chorando. - E, por favor, não vá você rir de mim agora, mas acho que o motivo pelo qual é tão difícil para mim esquecer esse cara é que eu realmente achava que o David fosse a minha alma gêmea. 
- Provavelmente era. O problema é que você não entende o que essa expressão significa. As pessoas acham que a alma gêmea é o encaixe perfeito, e é isso que todo mundo quer. Mas a verdadeira alma gêmea é um espelho, a pessoa que mostra tudo que está prendendo você, a pessoa que chama a sua atenção para você mesmo para que você possa mudar a sua vida. Uma verdadeira alma gêmea é provavelmente a pessoa mais importante que você vai conhecer, porque elas derrubam as suas paredes e te acordam com um tapa. Mas viver com uma alma gêmea para sempre? Não. Dói demais. As almas gêmeas só entram na sua vida para revelar a você uma outra camada de você mesmo, e depois vão embora. Acabou, Sacolão. A missão do David era acordar você, tirar você daquele casamento do qual você precisava sair, destroçar um pouquinho o seu ego, mostrar para você os seus obstáculos e vícios, despedaçar o seu coração para uma nova luz poder entrar, deixar você tão desesperada e fora de controle que você fosse obrigada a transformar a sua vida, e depois apresentar você à sua mestra espiritual e sair fora. Essa era a função dele, e ele foi ótimo, mas agora acabou. O problema é que você não consegue aceitar isso, que esse relacionamento tinha um prazo de validade bem curto. Você parece um cachorro cheirando lixo, baby... fica lambendo uma lata vazia, tentando tirar mais comida lá de dentro. E, se você não tomar cuidado, essa lata vai ficar presa no seu focinho para sempre e tornar sua vida infeliz. Então largue isso. 
- Mas eu amo ele. 
- Então ame ele. 
- Mas eu sinto saudade dele. 
- Então sinta saudade. Mande um pouco de amor e de luz sempre que pensar nele, depois esqueça."

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Como diria uma tia minha, e muito oportunamente, as coisas ruins em nossa vida passam, mas as boas também passam. Às vezes, só era para ser isso mesmo... Às vezes, era só isso...

Por Brenna, A Pata.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Novos amores

Alou, alou gente bonita! quanto tempo, não é mesmo?!
Depois que as Pagus terminaram a faculdade e começaram a trabalhar, ficou cada vez mais raro encontrarmos novos posts por aqui. Mas isso não se deve apenas ao fato de estarmos (um pouco) distantes umas das outras. O que ocorre é que todas nós estamos com novos amores. Calma, eu explico.
Primeiro, nós Pagus, passamos algum tempo COMENDO livros e mais livros, apostilas e afins para, quem sabe, passarmos em um próspero concurso público. Tudo bem que esse plano não deu certo com todas, entretanto os resultados foram bastante satisfatórios para algumas de nós.
Em seguida, REZAMOS horrores para de fato conseguirmos nosso lugarzinho ao sol, posto que vida de universitário é muito mole se compararmos a selva que é o mundo do trabalho de verdade. Enfim, nos garantimos, não plenamente, mas o fizemos.
Agora, só nos resta AMAR. E estamos amando... loucamente! Seja uma pessoa do sexo oposto, seja um projeto novo, seja um blog novo. Opa! Como assim?!... Pois é, estamos com blogs novos na praça; um deles é da nossa Pagu Juliana Belo, muito bom por sinal. Segue mais ou menos a linha Pagu de escrita, mas com todo o charme e elegância da dona. O outro, mais novo, é dessa pequena pessoa que vos fala, conhecida agora como Loca de Pedra.
O the last girl já está no ar. Quem quiser conferir, basta acessar o www.thelastgirl.spaceblog.com.br!
Um super beijo,

Lívia de Oliveira

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Diário da Pata Pan

06.10.2010

        Como sou uma mulher-poderosa, a propósito do livro Por que os Homens Amam as Mulheres Poderosas?, tenho uma vida social agitada e faço programas independentes de homem! Provando isso, fui assistir Comer, Rezar, Amar com algumas colegas de trabalho. Encontrei-as no shopping e partimos para nossa missão.
        O filme é lindo, super charmoso, com um toque de humor muito refinado!!! Trata-se de uma jornada de autoconhecimento, autodescoberta, elevação espiritual e, o mais importante: tem, como protagonista, Javier Bardem, o amor da minha vida. Mais o que mais me chamou atenção foram as coincidências com minha própria vida, que só quem me conhece sabe! Liz é uma mulher que tem tudo, mas insatisfeita e parte em uma aventura para se encontrar.
        Terminamos de ver o filme aos prantos e tive uma revelação: Paulo é meu Javier Bardem!!! Numa versão bem menos romântica e muito mais chata, mas é! Claro que o atualizei imediatamente da novidade! E confesso que fiquei muito tentada a largar tudo e me aventurar mundo afora também num processo de autodescoberta!
        Homenageando esse filme fantástico e tentando percorrer o mesmo caminho de Liz Gilbert, decidimos por dar o primeiro passo rumo a essa nova jornada, pedindo uma pizza e saboreando um bom vinho, já que comer na Itália foi a primeira meta de Liz. Agora só nos falta rezar na Índia e amar em Bali. Muito simples, por sinal.
       Acabamos três mulheres maduras e bêbadas a discutir sobre homens e sobre a nossa vida, tão pequena pros nossos sonhos. É incrível como mulher é tão mais complicada e desassossegada: sempre quer mais, sempre espera mais da vida. E nós três somos absolutamente iguais nesse aspecto. Definitivamente, não nascemos para uma vida padrão, regular, clichê. Nunca nos satisfaríamos. "Queriam-me casado, fútil, cotidiano e tributável?" Não nós. Aspiramos por grandes paixões, grandes experiências, grandes aventuras, grandes viagens... No fundo, não passamos de umas românticas sonhadoras e bobocas...
       Na saída, cambaleando de "trêbada", passei na Toli e vi o vestido pelo qual eu sonhava há dois anos. Entrei na loja só para me endividar. Foram quase 600 reais gastos numa noite regada a uma simples taça de vinho. Mas não me arrependo! Ainda estou em estado de graça, em epifania total, dotada de grandes revelações e de três vestidos lindos!!!

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Por Brenna, A Pata.

sábado, 5 de junho de 2010

De como odeio casais felizes

Aproveitando a postagem anterior da minha amiga Brenna, resolvi escrever sobre algo muito comum no dia dos namorados e que muito nos irrita (eu e Brenna, é claro): os casais felizes. Muitos de vocês vão afirmar: ah, isso é porque elas são despeitadas, tem inveja da felicidade dos outros. E eu respondo: e daí? Pode até ser, mas uma coisa que não sou obrigada a ter que aturar são esses casais felizes, meu povo. Vou enumerar as razões que me levam a pensar assim:
01.   Casais felizes são inconvenientes, pois dão aqueles risinhos chatos que chegam aos nossos ouvidos com escandalosa irritação. É aquele sorriso de quem está aprontando, que daqui a pouco vai sair no meio de uma festa à francesa e abandonar os amigos;
02.   Casais felizes apelidam um ao outro de nomes chatíssimos. Até aí, tudo bem. Mas me digam: eu preciso saber que seu namorado é fofucho, ou então sua namorada é teu docinho. Eles não se contentam e revelam suas intimidades. Aí, todos ficam sabendo. E esses são apelidinhos leves...  O pior de tudo é que eles são tão doces que te provocam cáries, de tão doce que eles são;
03.   Casais felizes são ricos, só pode ser. Porque toda vez é aquela frescura: “desliga você; não, desliga você”. Ai, eu te amo; não, eu que te amo. É claro que eles nunca falam isso quando estão sozinhos, sempre tem um monte de gente por perto;
04.   Casais felizes são egoístas, pois você pode falar a um deles que está péssima, mas eles sempre vão falar da viagem romântica que eles planejam ou então do último presente que ganharam;
05.   Casais felizes nunca fazem coisas sozinhos.  Eles sempre vão praticar esporte juntos, vão à praia, às festas e a outras comemorações em parceria. Ou seja, você vai vê-los o tempo todo por aí, essa que é a verdade;
06.   Casais felizes, quando estão separados (nossa, raridade!) ficam te chateando porque sentem falta do outro: “ai, há tanto tempo que não o vejo: dois dias”. AH, eu não vejo o que restou do meu salário há muito tempo e não reclamo assim;
07.   Casais felizes sempre dão um jeito de fazer com que tudo que você fala faça parte do universo deles. Então, aquela música de axé que você odeia, com certeza é trilha sonora de algum evento mirabolante ou romântico que ocorreu na vida dos dois;
08.   Casais felizes, até quando brigam, te enchem o saco, pois é pra você que eles vão ligar na esperança de você ajudá-los a reatarem. Mas antes disso, eles vão falar dos defeitos um do outro e blá blá blá...  
09.    Casais felizes, quando saem com os amigos, são mal educados e ficam se beijando todo o tempo na tua frente. Você quer dançar, se divertir, beber e tem que ficar olhando a língua de um passeando pela boca do outro;
10.   Casais felizes, mesmo no ônibus, no carro ou na rua sempre te atrasam, pois eles ficam lerdando na tua frente. Pode estar chovendo, fazendo calor. Ou seja: eles sempre vão estar lá de pegação e atrapalhando o trânsito, a tua vida, a economia mundial.
Após enumerar apenas dez razões de como odeio casais felizes, espero que todos esses insuportáveis tenham um dia dos namorados cheio de açúcar pra lá... Espero não topar com nenhum deles por aí na rua, pois ano passado, eu lembro que para qualquer lugar que eu ia, eles estavam lá com presentes, flores e coisas que odeio, odeio e odeio.
Feliz Dia dos Namorados a todos. Já que não temos um mundo colorido e cheio de purpurina, vamos nos divertir com isso. Bom humor é tudo, pessoal

Por Juliana Belo