quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Quando é a hora de seguir em frente (Três dias na UTI a três meses no Ambulatório)


Zangou, Gritou e respirou. Não era a primeira vez que isto lhe acontecia. É realmente difícil quando alguém julga nossas ações. Pior ainda, quando as pessoas em questão são nomeadas de amigos. A vida realmente tinha tomado um rumo diferente. Principalmente após uma viagem interior. O retorno não foi como esperado. E não existe nada pior a ela que perder o controle das coisas. A velha ilusão que temos o controle de tudo quando na verdade, não temos. Enfim, um turbilhão de sensações e sentimentos se apossou sobre sua vida. Como caminho, duas opções: “três dias na UTI a beira da morte ou três meses no ambulatório sem previsão de alta”. Após quilos subtraídos, lágrimas derramadas e olhos que não enxergavam futuro, uma decisão: sair da UTI, porque ficar três meses no ambulatório esperando as coisas acontecerem, não dá, porque o mundo não pára de girar quando você está triste. Na verdade, a impressão que temos é que ele gira ainda mais para os outros, porque vemos todos felizes, quando nossa infelicidade só aumenta. A saída do estado preocupante lhe revelou algumas surpresas: a (re)descoberta de uma beleza que nem ela mesma lembrava que existia. Mas não a beleza das roupas, da maquiagem, dos acessórios. A beleza da alma, a beleza interior, um brilho que todos poderiam ver. A sensação que realmente existem vários caminhos, várias possibilidades, várias surpresas. Todavia, esta profusão de sentimentos nem sempre é compartilhada por todos. Alguns possuem olhares e interpretações sobre atitudes e comportamentos alheios. O que mais a deixou chateada foi a percepção que todos a viam como uma farsante. A alegria demonstrada lhes soava como fingimento. Após a reflexão de todos os fatos, uma constatação: tratava-se de machismo masculino e feminino (uma mulher também é machista). E não existe nada mais irritante a uma “Pagu” que esta forma de encarar a vida. Pois bem, é mais interessante a estes amigos ver uma mulher sofrendo e chorando que vê-la sendo admirada por outro homem. Esse é o espírito! Finalizo com as palavras de um amigo blogueiro, que não posso revelar o nome porque ele é tímido demais para isso: “Hoje entendo que existem coisas que não conhecem o futuro, nascem no presente e morrem no passado. Se queremos seguir em frente e ver que além dos muros do castelo existe um mundo belo soframos pela dor de escalar as altas paredes ao invés de chorar por terem nos trancado sozinhos do lado de dentro”

Notas:
Meu amigo querido, obrigada pelo texto. Deixe com esta timidez, você escreve super bem. Salve Bakhtin. Um texto realmente nasce de outro texto.
Lilik: obrigada pelo texto Simplesmente Pagu. Eu parafraseei o início dele.
Pagus: nós nos entendemos, nos apoiamos e acreditamos umas nas outras. Esse é o espírito: a união e a lealdade.
Por Juliana Belo, revoltada e decepcionada.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Simplesmente Pagu

Meditou, tomou banho, bebeu seu chocolate quente e sentou-se a escrever. Não era a primeira vez que aquilo lhe acontecia, no entanto o fato que ocasionou tal sucessão de acontecimentos é que era novo.


Seu grupo estava estático, apático; mas, de súbito, uma avalanche de emoções começou a desabar sobre elas. Era impossível saber o que viria depois. Todas sucumbindo em meio ao caos, a revolução.


Nada melhor do que sair um pouco, ver outras pessoas, respirar velhos ares. Certo era que o lugar escolhido não lhes trazia tão boas recordações, todavia tentar mais uma vez não seria pecado!... E, assim como outrora, fizeram-se bonitas (não que já não o fossem) e partiram como quem vai à luta.


Uma foi pra o seu quarto, cansada de não poder mais, preferiu o som de sua respiração nervosa como companhia, e dormiu. Outra, movida por um desejo que por vezes parece morrer, mas sempre reacende, achou melhor recolher-se a seu canto e esperar um outro dia. Porém três, entusiasmadas com as possibilidades de novos rumos, puseram-se a andar.


Noite fria, outras presenças e: o querido daquela que preferiu a respiração nervosa – não que essa preferência tenha se dado por livre e espontânea vontade, mas por vontade do que nos assombra, o destino – apareceu. E a noite segue meio sem rumo, em tom cinza e não rosa como a bebida que tomavam.


Entravam e saiam como se estivessem procurando algo, mas não estavam. Foi então que encontraram aquele que, apesar de todos os defeitos, enchem-lhes os olhos de qualidades. Ninguém precisa entender o que se planejou e o que veio a acontecer – como diz um amigo: “leiam as entrelinhas”! Daí em diante, tudo parecia correr bem, pelo menos para uma delas. Só parecia!


Enquanto uma era arrastada por inúmeras e surpreendentes revelações, outras tinham sua exuberância festejada. Pode parecer bobo, mas quem não é?! Levante a mão aquele que nunca se viu envolvido por uma bela beleza! – e aqui se faz necessário o uso da redundância.


Fim de noite, dia claro. Resposta que não se pôde dar, vontade que não se pôde (pelo menos ainda) concretizar e incertezas sobre qual caminho seguir. Será?... Segunda-feira começa tudo outra vez... Eis que surgem novos personagens, novos conflitos, novas sementes.


A paixão, personagem principal desta jornada, está ali, vendo o mundo girar, a fila andar, alguém chegar e uma (ou duas) chorar. Ela, mais do que qualquer outra, pode gargalhar de cada uma dessas situações; está conseguindo fazer o que mais gosta: causar dor àqueles que teimam em senti-la. Ah, bandida!


Confinadas numa derrota custosa (num estado desolé) – mesmo não estando todas reunidas -, “construindo” a vida de desapontamentos e falhando-a (atualmente); vão levando e sendo levadas (no sentido de arteiras, malandras, molecas, sedutoras, mulheres). Quem quiser, é só acompanhar!... Por aqui, por favor. Apertem os cintos que lá vão elas. De novo, e de novo, mais uma vez, igual à outra vez, nesse mundo rosa que não pertence só às meninas, mas a todos que dele compartilham. O mundo De repente, Pagu!



Nota: crônicas vêm da realidade.





Lívia de Oliveira

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Na falta de algo melhor...

Esse é pra ele


Ele é algo que não se pode ver, puro mistério que envolve a tudo e todos. Sempre tem uma história legal pra contar, um fato novo a mostrar.


Não sei quem achou quem, mas sei que não poso vê-lo e nem ele a mim, no entanto, vamos nos encontrando.


Horas a fio passo a imaginar: seu jeito, seu gesto, sua fala, sua pele, seu olhar. Mas acho que não é nada carnal, nada de homem e mulher... nem sei se sou, nem sei se ele é!


Persisto atrás das cortinas. Não sei o que ele realmente é, não sei quem realmente eu sou. Sem respostas, sem perguntas.


Desejos sinceros, apelos discretos. Não te conto tudo, revelo pedaços...determinação.


Ela é ele, e ele já sabe o que quer. Eu não sei se sou ele, só sei que quero ela.


Um beijo posso tentar... nela quero selar.


(um beijo de poesia, é ela)


Quero beijar a fantasia, foi você quem disse um dia, só não vai poder realizar.


(ordene, não peça.)


Um dia... talvez.



Lívia de Oliveira

sábado, 8 de novembro de 2008

Juju, aprenda com o Veríssimo!

"Pensando bem em tudo o que a gente vê e vivencia
e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa faz tudo certinho!
Chega na hora certa, fala as coisas certas,
faz as coisas certas, mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça, perder a hora, morrer de amor...
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar
que é pra na hora que vocês se encontrarem
a entrega ser muito mais verdadeira.
A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa.
Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas.
Essa pessoa vai tirar seu sono.
Essa pessoa talvez te magoe e depois te enche de mimos pedindo seu perdão.
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar 100% da vida dela esperando você.
Vai estar o tempo todo pensando em você.
A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo,
porque a vida não é certa.
Nada aqui é certo!
O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo, amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo,
querendo,conseguindo...
E só assim, é possível chegar àquele momento do dia em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade, tudo o que Ele quer é que a gente encontre a pessoa errada pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra
gente..."

Luís Fernando Veríssimo
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Por Brenna, A Pata.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Ai que saudade de Fortaleza...


Como três integrantes do De Repente, Pagu foram a Fortaleza semana passada, resolvi fazer uma pequena homenagem ao povo cearense que além de super hospitaleiro, simpático, alegre, trabalhador, tem uma peculiaridade no linguajar que é de se tirar o chapéu! Hahahaha! Confiram essa coluna do Neno Cavalcante, legítimo representante dessa terrinha maravilhosa:


Coluna "É", Diário do Nordeste


Em busca da sobrevivência, ante à precariedade do movimento, proprietários de cinemas do interior nordestino mudaram os nomes dos filmes, adaptando-os ao linguajar local.
´Uma Linda Mulher´, por exemplo, ficou Cabrita Aprumada.
´O Poderoso Chefão´ passou a ser Coroné Arretado.
´Os Sete Samurais´ virou Os Jagunços dos Zói Rasgado.
´Tora, Tora, Tora´ passou a ser Ô Xente, Ô Xente, Ô Xente.
´Guerra nas Estrelas´, Arranca-rabo no Céu.
´Noviça Rebelde´, Beata Encrenqueira.
E, finalmente, ´Os Brutos Também Amam´ passou a se chamar Os Vaqueiros Baitolas.

Por Brenna, A Pata.