quarta-feira, 29 de julho de 2009

Queridas Amigas


No último dia vinte deste mês foi comemorado o dia internacional da amizade, todos sabem, acredito. No entanto, neste ano pude perceber o quanto certas pessoas são importantes em nossa existência. Afirmo isso, pois nessa mesma data presenciei o ápice do meu momento acadêmico que foi a colação de grau. Neste episódio senti a falta de três grandes amigas que estavam em Niterói. Não senti falta apenas da presença, mas também de compartilhar tudo o que se passava em minha mente. Não quero desprezar a importância das minhas queridas Andréia, Liviane, Ana Paula e Giselle. Quero apenas destacar o quanto essas meninas são importantes na minha vida. Outro fator me fez valorizar ainda mais a presença de amigos, pois convidei outras duas grandes amigas a este momento e infelizmente elas não compareceram. O que quero deixar destacado é que eu sei que nossas vidas vão ter rumos diferentes e que às vezes esses momentos não poderão ser compartilhados por todas nós. Sei que alguém vai se casar primeiro, formar família e que nem sempre será possível sair à noite, consolar um choro ou ficar de bobeira. Talvez alguém vá embora, morar em outro estado. Quem sabe até outro país, não? Também compreendo que vão existir momentos que vamos nos odiar, xingar e desconfiar da amizade de uma ou outra. Porém, o que nos deixa unidas até hoje é o nosso verdadeiro sentimento de amizade, lealdade e confiança. Não estivemos juntas em presença física. Mas dedico o grande momento de minha vida a vocês, queridas amigas. Amo-as.


[texto dedicado a Andréia, Brenna, Carol e Lívia. Desculpa por não escrever no dia da amizade, mas o texto saiu.]



Por Juliana Belo

sábado, 11 de julho de 2009

O pato e a palavra


Um dia eu ouvi atrás da porta, e entre as tantas conversas que interceptei, guardei uma que me chamou mais atenção. Tratava-se das coisas remosas. Daí surgiu a pergunta: o que é remoso?
Depois de ouvir uma receita inteira de pato ao molho pardo, sem sangue, como enfatizou uma das partes, já que a conversa ocorrera entre minha mãe e a vizinha do 102 – entendi que aquilo era só comida. Mas... será mesmo?!? Continuei em dúvida.
No fim, minha mãe explicou: o que sai da boca é que é remoso; esse pato é apenas alimento, depois que passa pelo aparelho digestivo vira cocô e vai parar na privada, mas o que sai da sua boca não. As palavras vêm do coração e quando são ditas com ódio, raiva ou qualquer coisa desse tipo fazem mal a você e a quem ouve. Machucam, por isso são remosas.
Com um “é mesmo” de espanto e concordância por parte da vizinha, a história se encerrou e outra ganhou pauta. Remosa ou não, a conversa das duas continuou por mais meia hora, até que se despediram e eu voltei ao meu mundo, como se nada tivesse acontecido.


Por Lívia de Oliveira