terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Felis(z) Catus


Desde a infância fora apaixonada por gatinhos. Adorava dar banho, comida, brincar e apertar-lhe com tanta força até o miado ouvir. Mas também o que mais lhe admirava era ver os primeiros passos, as primeiras brincadeiras no sofá e os tecidos todos desfiados por causa das garras bem afiadas. Somente uma coisa a deixava irritava: as saídas noturnas do gatinho.
Para evitar que o bichano a deixasse sozinha trancava toda a casa todos os dias e o amarrava com um belo laço de fita. Desta forma, poderia tê-lo a sua disposição toda a noite. O carinho pelo gatinho foi crescendo ainda mais e ela viu a necessidade de aumentar o espaço dedicado a ele em sua casa. Todavia, o bichano num ato de pura esperteza e um instinto de liberdade que é comum aos gatos, esperou o adormecer da dona e passou pela fresta da madeira que servia como portão. O gato sumiu noite afora. Ao amanhecer ela estava sozinha e solitária.



Por Juliana Belo

3 comentários:

Unknown disse...

É metáfora??? rsrsrs

Beijão!=)

Anônimo disse...

Isso mesmo, linda. Uma metáfora daquelas, sabe? Mas o leitor é quem reconstrói o texto, não é? Cabe a eles a construção do sentido do texto

Lica de Oliveira disse...

Ah,tá!
Era só pra ter certeza!
rsrs

=P