quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Simplesmente Pagu

Meditou, tomou banho, bebeu seu chocolate quente e sentou-se a escrever. Não era a primeira vez que aquilo lhe acontecia, no entanto o fato que ocasionou tal sucessão de acontecimentos é que era novo.


Seu grupo estava estático, apático; mas, de súbito, uma avalanche de emoções começou a desabar sobre elas. Era impossível saber o que viria depois. Todas sucumbindo em meio ao caos, a revolução.


Nada melhor do que sair um pouco, ver outras pessoas, respirar velhos ares. Certo era que o lugar escolhido não lhes trazia tão boas recordações, todavia tentar mais uma vez não seria pecado!... E, assim como outrora, fizeram-se bonitas (não que já não o fossem) e partiram como quem vai à luta.


Uma foi pra o seu quarto, cansada de não poder mais, preferiu o som de sua respiração nervosa como companhia, e dormiu. Outra, movida por um desejo que por vezes parece morrer, mas sempre reacende, achou melhor recolher-se a seu canto e esperar um outro dia. Porém três, entusiasmadas com as possibilidades de novos rumos, puseram-se a andar.


Noite fria, outras presenças e: o querido daquela que preferiu a respiração nervosa – não que essa preferência tenha se dado por livre e espontânea vontade, mas por vontade do que nos assombra, o destino – apareceu. E a noite segue meio sem rumo, em tom cinza e não rosa como a bebida que tomavam.


Entravam e saiam como se estivessem procurando algo, mas não estavam. Foi então que encontraram aquele que, apesar de todos os defeitos, enchem-lhes os olhos de qualidades. Ninguém precisa entender o que se planejou e o que veio a acontecer – como diz um amigo: “leiam as entrelinhas”! Daí em diante, tudo parecia correr bem, pelo menos para uma delas. Só parecia!


Enquanto uma era arrastada por inúmeras e surpreendentes revelações, outras tinham sua exuberância festejada. Pode parecer bobo, mas quem não é?! Levante a mão aquele que nunca se viu envolvido por uma bela beleza! – e aqui se faz necessário o uso da redundância.


Fim de noite, dia claro. Resposta que não se pôde dar, vontade que não se pôde (pelo menos ainda) concretizar e incertezas sobre qual caminho seguir. Será?... Segunda-feira começa tudo outra vez... Eis que surgem novos personagens, novos conflitos, novas sementes.


A paixão, personagem principal desta jornada, está ali, vendo o mundo girar, a fila andar, alguém chegar e uma (ou duas) chorar. Ela, mais do que qualquer outra, pode gargalhar de cada uma dessas situações; está conseguindo fazer o que mais gosta: causar dor àqueles que teimam em senti-la. Ah, bandida!


Confinadas numa derrota custosa (num estado desolé) – mesmo não estando todas reunidas -, “construindo” a vida de desapontamentos e falhando-a (atualmente); vão levando e sendo levadas (no sentido de arteiras, malandras, molecas, sedutoras, mulheres). Quem quiser, é só acompanhar!... Por aqui, por favor. Apertem os cintos que lá vão elas. De novo, e de novo, mais uma vez, igual à outra vez, nesse mundo rosa que não pertence só às meninas, mas a todos que dele compartilham. O mundo De repente, Pagu!



Nota: crônicas vêm da realidade.





Lívia de Oliveira

4 comentários:

Anônimo disse...

bicho, que loucura é essa que está acontecendo com a gente? Eu sei o início disso tudo!!! VocÊs também sabem... kkk Mas a verdade é que desde a volta de Fortaleza as coisas tÊm ficado pior, não? É um tal de estado desolé, uma vida que falha, cheia de desapontamentos... Vamos parar de ler livros relaistas, senão... Ficamos pior!!! Mas é isto aí, a vida estava apática demais, não? Só nos resta nos aventurar e aprender com isso.

Brenna, A Pata. disse...

quer dizer que eu sou a movida por um desejo que por vezes parece morrer, mas sempre reacende???? soh te olho, livia maria! kkkkkkkkkkkkkkkk mas adoreeeeeeeei o texto! vc eh a nossa JABOR!

Anônimo disse...

Pois é, Livia Maria!!!
Momentos desolé parecem fazer parte da vida de todo mundo, no entanto, não devemos deixar ele ficar tempo d+ em nossas vidas!
Bjos...[vc já sabe o resto]TSM

Lica de Oliveira disse...

Tô começando a acreditar nisso!...