Notas:
Meu amigo querido, obrigada pelo texto. Deixe com esta timidez, você escreve super bem. Salve Bakhtin. Um texto realmente nasce de outro texto.
Lilik: obrigada pelo texto Simplesmente Pagu. Eu parafraseei o início dele.
" Quero ir bem alto... Bem alto! Numa sensação de saborosa superioridade... É que do outro lado do muro, tem uma coisa que eu quero espiar.. "
Meditou, tomou banho, bebeu seu chocolate quente e sentou-se a escrever. Não era a primeira vez que aquilo lhe acontecia, no entanto o fato que ocasionou tal sucessão de acontecimentos é que era novo.
Seu grupo estava estático, apático; mas, de súbito, uma avalanche de emoções começou a desabar sobre elas. Era impossível saber o que viria depois. Todas sucumbindo em meio ao caos, a revolução.
Nada melhor do que sair um pouco, ver outras pessoas, respirar velhos ares. Certo era que o lugar escolhido não lhes trazia tão boas recordações, todavia tentar mais uma vez não seria pecado!... E, assim como outrora, fizeram-se bonitas (não que já não o fossem) e partiram como quem vai à luta.
Uma foi pra o seu quarto, cansada de não poder mais, preferiu o som de sua respiração nervosa como companhia, e dormiu. Outra, movida por um desejo que por vezes parece morrer, mas sempre reacende, achou melhor recolher-se a seu canto e esperar um outro dia. Porém três, entusiasmadas com as possibilidades de novos rumos, puseram-se a andar.
Noite fria, outras presenças e: o querido daquela que preferiu a respiração nervosa – não que essa preferência tenha se dado por livre e espontânea vontade, mas por vontade do que nos assombra, o destino – apareceu. E a noite segue meio sem rumo, em tom cinza e não rosa como a bebida que tomavam.
Entravam e saiam como se estivessem procurando algo, mas não estavam. Foi então que encontraram aquele que, apesar de todos os defeitos, enchem-lhes os olhos de qualidades. Ninguém precisa entender o que se planejou e o que veio a acontecer – como diz um amigo: “leiam as entrelinhas”! Daí em diante, tudo parecia correr bem, pelo menos para uma delas. Só parecia!
Enquanto uma era arrastada por inúmeras e surpreendentes revelações, outras tinham sua exuberância festejada. Pode parecer bobo, mas quem não é?! Levante a mão aquele que nunca se viu envolvido por uma bela beleza! – e aqui se faz necessário o uso da redundância.
Fim de noite, dia claro. Resposta que não se pôde dar, vontade que não se pôde (pelo menos ainda) concretizar e incertezas sobre qual caminho seguir. Será?... Segunda-feira começa tudo outra vez... Eis que surgem novos personagens, novos conflitos, novas sementes.
A paixão, personagem principal desta jornada, está ali, vendo o mundo girar, a fila andar, alguém chegar e uma (ou duas) chorar. Ela, mais do que qualquer outra, pode gargalhar de cada uma dessas situações; está conseguindo fazer o que mais gosta: causar dor àqueles que teimam em senti-la. Ah, bandida!
Confinadas numa derrota custosa (num estado desolé) – mesmo não estando todas reunidas -, “construindo” a vida de desapontamentos e falhando-a (atualmente); vão levando e sendo levadas (no sentido de arteiras, malandras, molecas, sedutoras, mulheres). Quem quiser, é só acompanhar!... Por aqui, por favor. Apertem os cintos que lá vão elas. De novo, e de novo, mais uma vez, igual à outra vez, nesse mundo rosa que não pertence só às meninas, mas a todos que dele compartilham. O mundo De repente, Pagu!
Nota: crônicas vêm da realidade.
Lívia de Oliveira
Esse é pra ele
Ele é algo que não se pode ver, puro mistério que envolve a tudo e todos. Sempre tem uma história legal pra contar, um fato novo a mostrar.
Não sei quem achou quem, mas sei que não poso vê-lo e nem ele a mim, no entanto, vamos nos encontrando.
Horas a fio passo a imaginar: seu jeito, seu gesto, sua fala, sua pele, seu olhar. Mas acho que não é nada carnal, nada de homem e mulher... nem sei se sou, nem sei se ele é!
Persisto atrás das cortinas. Não sei o que ele realmente é, não sei quem realmente eu sou. Sem respostas, sem perguntas.
Desejos sinceros, apelos discretos. Não te conto tudo, revelo pedaços...determinação.
Ela é ele, e ele já sabe o que quer. Eu não sei se sou ele, só sei que quero ela.
Um beijo posso tentar... nela quero selar.
(um beijo de poesia, é ela)
Quero beijar a fantasia, foi você quem disse um dia, só não vai poder realizar.
(ordene, não peça.)
Um dia... talvez.
Lívia de Oliveira