Estava escrevendo no último dia de minha agenda e pensei nas minhas perspectivas para esse ano de 2010. Então recordei-me do dia primeiro de janeiro de 2009 e resolvi olhar as minhas promessas e expectativas para o ano. Foi com uma grata surpresa que percebi que consegui cumprir e realizar a maioria dos meus planos. De forma resumida, tudo o que planejava se resumia à questão profissional, pois consegui terminar a monografia, me formar, consegui um emprego e comecei a ganhar os quilos perdidos em 2008. Todavia, não consegui encontrar o namorado que aqui segue os seguintes requisitos: uma pessoa que preste, que seja bonito, alto, inteligente e universitário. Venhamos e convenhamos que isso é um pouco difícil de encontrar, não? Mas, a minha grande realização no campo afetivo e amoroso foi sem dúvida largar de pensar, fantasiar e sonhar com aquela criatura que então jurava ser agradável e fascinante: a minha obsessão. Hoje não o suporto, não aguento ouvir a voz dele e descobri que ele é um grande demente. Nada como o tempo para nos fazer enxergar certas coisas que a cegueira do fascínio e da paixão nos impedem de ver. E o tempo foi realmente a palavra de ordem nesse ano que passou. Quantas vezes me vi confusa, perdida ou desorientada por situações que envolveram fofocas, fuxicos e entrigas envolvendo pessoas queridas ou amigas. Nada como uma boa respiração, uma noite de sono (especialmente na casa de Brenna) e tempo para analisar e avaliar tudo. Todavia, o que mais marcou neste ano de 2009 foi o choque de não ter passado na prova de mestrado. Essa era talvez a mais importante de todas as minhas resoluções. Percebi que sim, é possível planejar tudo, que com esforço se consegue estudar, economizar dinheiro e criar coragem para enfrentar o desconhecido e o perigoso. Mas também é necessário ter sabedoria e entender que apesar dos planos e da expectativa, tudo tem o seu momento certo (odeio essa frase, mas tenho que concordar com ela) e que o meu futuro não foi modificado, mas apenas adiado, pois após três dias de choro e lamentações, percebi que a grande lição desse ano foi a determinação, pois ela que fez e faz a diferença. É claro que só a descobri com as palavras de conforto da minha prima Ruth, dos meus pais, irmãos e familiares, dos professores amigos e é claro, das minhas amigas. Resumindo, foi um ano muito bom. Em 2010, acredito que nós pagus estamos no rumo do desconhecido, pois não vamos mais nos encontrar com tanta facilidade, não vão mais existir as escadas do cch, nem as aulas ou os trabalhos vão ser o foco de nossas preocupações. Só tenho certeza de uma coisa: nossa amizade fica e resiste a mais esse ano. Que ele seja maravilhoso e cheio de realizações. Estejam escritos em agendas ou não.
Por Juliana Belo
Por Juliana Belo